No ano em que a profissão comemora 50 anos, a estatística segue no ranking das carreiras com melhores salários, informa o Ipea; mas faltam estatísticos no mercado!
Sabe os motivos do aumento no seguro do seu carro? Quanto representa a um candidato ter 34% de intenções de voto se você nunca foi entrevistado pelo IBOPE? Quais são as chances de ganhar na Mega-Sena? Esses são apenas alguns exemplos entre tantos outros que causam polêmica quando o assunto é estatística, pois muitos não têm ideia da atuação profissional. E quem não conhece a metodologia, não sabe o que é uma variável, muito menos a famosa margem de erro, termos comuns para a área, e acabam num mar de dúvidas. Mas quem conhece o mundo da estatística descobre que ela é fundamental para a compreensão da realidade. Hoje, a estatística é ferramenta indispensável em todas as ciências.
“As oportunidades estão em todos os setores da economia: telecomunicações, saúde, mercado financeiro são alguns exemplos, e a maioria dos alunos sai da graduação com emprego garantido,” explica Marcelo Ventura Freire, Presidente da Comissão de Ensino e Aperfeiçoamento do Conselho Regional de Estatística da 3a Região (CONRE-3).
Por esse extenso leque, o profissional está em alta. Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 48 carreiras de nível superior, a estatística é a que apresenta a segunda melhor remuneração média no país: R$ 5.416 por mês. Só perde para os médicos, com ganho médio mensal de R$ 6.940. No ranking geral das melhores carreiras, em que também foram avaliadas taxa de ocupação, jornada e cobertura previdenciária, a estatística ocupa a sexta posição — o primeiro lugar também ficou com a medicina.
Para sanar essa lacuna de conhecimento, o CONRE-3 tem atuado na divulgação da profissão. Vale a pena saber mais. Afinal de contas, em tempos de tantas polêmicas políticas e o medo de uma recessão na economia, as suas escolhas podem ter um final mais feliz.
Um pouco de curiosidade sobre as perguntas iniciais:
– Mega-Sena: a sua chance de ganhar com uma única aposta mínima é de 1 em 50.063.860 combinações possíveis;
– Pesquisas eleitorais: se há cerca de 142 milhões de eleitores no Brasil, a sua chance de ser um dos escolhidos de uma amostra, por exemplo de 2000 pessoas, é bem pequena;
– O seguro do carro aumenta por diversos fatores: é sabido que homens envolvem-se em colisões mais graves se comparados com mulheres; ter um filho adolescente faz o seguro ficar bem mais caro.
Marcelo Ventura Freire
Presidente da Comissão de Ensino e Aperfeiçoamento do CONRE-3. É Estatístico formado pela ENCE, com mestrado em Estatística pelo IMECC/Unicamp, doutorado em Estatística pelo IME/USP e pós-doutorado no IMECC/Unicamp. Atualmente é Professor na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP).
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